Saúde online, sem esperas

Saúde online, sem filas, sem esperas!

Iniciar sessão

Saúde Simples, para Todos

Iniciar sessão

Encontrar artigos

Marque a sua consulta

Newsletter

Entenda o seu corpo e a sua mente com os nossos especialistas

Medicina, psicologia e nutrição unidas pela sua saúde, explicadas por quem sabe cuidar de si

Últimos artigos

Depressão: o que é, gravidade, sintomas, causas, tratamento e recuperação

A depressão vai muito além da tristeza: trata-se de uma perturbação do humor com impacto real no corpo, na mente e na sua vida pessoal e profissional. Neste artigo, iremos:

  • Definir o que é depressão
  • Apresentar os diferentes tipos e graus
  • Detalhar sintomas visíveis e menos óbvios
  • Explorar causas múltiplas
  • Mostrar opções de tratamento e trajecto de recuperação
  • Apresentar exemplos práticos e responder a dúvidas frequentes

O que é a depressão

A depressão é uma doença mental caracterizada por um estado persistente de tristeza ou vazio, perda de interesse em atividades normalmente prazerosas e alterações em sono, apetite, energia e funcionamento cognitivo. Não é uma fraqueza ou algo que se “cura com força de vontade”.

Tipos de depressão

Aqui ficam os tipos mais comuns:

  • Depressão major (episódio depressivo grave): sintomas intensos que interferem seriamente no dia‑a‑dia
  • Distimia (perturbação depressiva persistente): sintomas menos intensos, mas duradouros (por meses ou anos)
  • Depressão sazonal: aparece de forma recorrente em épocas específicas, por exemplo durante o inverno
  • Depressão pós‑parto: ocorre após o nascimento de um filho, podendo afetar mães (e em casos mais raros pais)
  • Depressão atípica: inclui variações nos sintomas típicos, por exemplo com aumento do apetite ou sensibilidade emocional

Graus de gravidade

  • Leve: interfere de forma moderada com tarefas diárias, mas há funcionalidade parcial
  • Moderada: limitações mais claras nas relações, no trabalho ou no estudo
  • Grave: impacto intenso, possível risco de vida (ideação suicida)

Saber em que grau se encontra ajuda a decidir qual a intervenção necessária.

Sintomas de depressão

Sintomas “clássicos” e visíveis

  • Tristeza persistente, sensação de vazio
  • Perda de interesse ou prazer nas atividades habituais
  • Fadiga, sensação de cansaço constante
  • Dificuldade de concentração, indecisão
  • Alterações no sono (insónia ou dormir demais)
  • Alterações no apetite (comer demais ou perder apetite)
  • Sentimentos de culpa, inutilidade ou auto‑desprezo
  • Movimentos lentos ou agitação motora
  • Pensamentos de morte ou suicídio

Sintomas menos óbvios ou secundários

  • Sintomas físicos inexplicados, como dores musculares, dores de cabeça, distúrbios digestivos
  • Diminuição da libido ou problemas sexuais
  • Isolamento social, evitar convívios
  • Problemas cognitivos leves, tal como lapsos de memória, lentidão mental
  • Negligência com cuidados pessoais (higiene, alimentação)

Se muitos desses sintomas persistirem por mais de duas semanas, é indicativo de depressão que merece avaliação.

Causas da depressão

A depressão resulta de uma interação complexa entre vários fatores — não há uma causa única.

Fatores biológicos

  • Desequilíbrios nos neurotransmissores (serotonina, dopamina, noradrenalina)
  • Predisposição genética (histórico familiar de depressão)
  • Alterações hormonais (por exemplo na tiroide, menopausa, pós‑parto)
  • Doenças crónicas, dor persistente ou condições médicas debilitantes

Fatores psicológicos

  • Traumas passados, abuso ou perdas significativas
  • Pensamento negativo persistente, autocrítica severa
  • Baixa resiliência emocional
  • Estratégias de coping inadequadas

Fatores sociais / ambientais

  • Stresse prolongado no trabalho, estudos ou vida pessoal
  • Perdas, lutos ou separações
  • Instabilidade económica ou insegurança social
  • Isolamento social ou falta de apoio familiar
  • Ambientes familiares ou profissionais disfuncionais

Nem sempre se encontra uma “causa evidente” — a depressão pode surgir mesmo em circunstâncias aparentemente estáveis.

Tratamento e caminho de recuperação

A depressão é tratável. O percurso pode variar conforme o grau, o histórico e as características de cada pessoa. Assenta na combinação psicoterapia +/- medicação

Psicoterapia

  • Terapia Cognitivo‑Comportamental (TCC): foco na reestruturação de pensamentos negativos, regulação emocional, treino de estratégias
  • Terapia Interpessoal: relaciona os sintomas com os conflitos nas relações
  • Psicoterapia psicodinâmica ou humanística: para trabalhar as raízes emocionais

Medicação antidepressiva

  • Deve ser prescrita e acompanhada por um psiquiatra
  • Efeitos terapêuticos podem aparecer entre 2 a 4 semanas
  • É preciso ajustar doses, monitorizar efeitos secundários e avaliar periodicamente

Estilo de vida e intervenções complementares

  • Exercício físico regular — anti‑depressivo natural
  • Sono de qualidade e higiene do sono
  • Alimentação equilibrada, evitar cafeína em excesso
  • Redução ou eliminação de álcool e substâncias psicoativas
  • Convívio social, apoio emocional e manter rotinas
  • Técnicas de relaxamento, mindfulness, respiração guiada

Quando procurar ajuda

Procure apoio imediato se:

    • Os sintomas impedem o funcionamento normal
  • Sentimentos de desesperança profunda
  • pensamentos persistentes de suicídio
  • Existe isolamento social
  • Os sintomas duram mais de duas semanas sem melhoria
  • Outras estratégias de autoajuda já estão a falhar

Conversar com profissional de saúde mental não é sinal de fraqueza. É um passo fundamental.

Como apoiar alguém com depressão?
Ouvir sem julgar, oferecer companhia, incentivar procura de ajuda profissional, acompanhar‑se nas sessões se apropriado.

Conclusão

A depressão é uma condição séria, mas com tratamento adequado muitas pessoas retomam suas vidas com maior clareza, energia e funcionalidade.

Se sente que já não consegue enfrentar tudo sozinho, procurar apoio profissional pode ser o passo mais concreto. Na Médico na Net, dispomos de profissionais prontos para ouvir, orientar e acompanhar, sem pressões.

Gostou deste artigo? Partilhe:

Dra. Alexandra Azevedo

Formação: Universidade de Barcelona
Nº ordem dos médicos: 71409

Biografia

A Dra. Alexandra Azevedo formou-se em Medicina na Universidade de Barcelona em 2015, onde posteriormente se especializou em Medicina Geral e Familiar. Durante a sua formação, desenvolveu um forte interesse pela abordagem à dor crónica, tendo realizado um mestrado integrado em Medicina e Cirurgia com investigação na Clínica no controlo da Dor. A sua experiência profissional inclui vários anos de prática clínica em Espanha, nomeadamente na Catalunha, onde teve contacto com uma grande diversidade de patologias e desafios, tanto na urgência, como nos cuidados de saúde primários.

Atualmente, exerce como médica de família na ULS Braga. Já integrou a equipa da urgência médico-cirúrgica do Hospital de Vila Nova de Famalicão e já colaborou como professora convidada na Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, lecionando anatomia e fisiologia do sistema circulatório, respiratório e digestivo.

Os seus principais interesses clínicos incluem a urgência médica, a dor crónica, a depressão e a ansiedade, bem como a medicina preventiva e o controlo de fatores de risco vasculares. Dedica-se também à consulta antitabágica e à consulta de perda de peso, ajudando os seus pacientes a adotar hábitos de vida mais saudáveis. A sua abordagem ao cuidado baseia-se numa visão holística, considerando a saúde como um equilíbrio entre o bem-estar físico e psicológico.

A Dra. Alexandra distingue-se pelo seu humanismo e pela capacidade de oferecer soluções rápidas e eficazes para problemas menores, garantindo que os seus pacientes se sintam bem acompanhados. No Médico na Net, vê uma oportunidade de levar os cuidados de saúde a mais pessoas de forma acessível e conveniente.

Apaixonada por música e viagens, adora conhecer diferentes culturas e estilos de vida, o que enriquece a sua visão do mundo e a sua prática médica. Para ela, a medicina não é apenas uma profissão, mas um verdadeiro compromisso com o bem-estar das pessoas que acompanha. Como gosta de dizer: “A saúde é o equilíbrio entre o bem-estar físico e psicológico.